24 de janeiro de 2012

O poder afrodisíaco dos Óleos Essenciais

Seja pelo aroma ou pelo uso na forma de chás, há milênios o homem tem utilizado as plantas medicinais por seus poderes afrodisíacos. Encontramos referências no Egito, Mesopotâmia, Europa, Índia e recentemente este uso tem crescido por parte do público em geral, haja visto que a cada dia surgem mais e mais problemas relacionados à frigidez, relacionamentos insatisfatórios e impotência entre as pessoas.
Em se tratando da ação em nível psicológico, os óleos essenciais agem diretamente no cérebro, numa área conhecida como sistema límbico. Nesta área estão localizados nossos instintos primários e básicos de sexo, sede e fome. Também todas as experiências, tanto boas quanto ruins se associam a esta área no cérebro. Quando inalamos certos aromas, eles trazem lembranças guardadas nesta região à tona, que podem nos ajudar a vencer o medo e a timidez, facilitar a união a dois, trazer uma sensação de sensualidade e auto-estima, mas são incapazes de trazer excitamento sexual direto, agindo portanto de maneira indireta como importantes ferramentas que facilitam criando um clima numa relação a dois.
Assim, os óleos essenciais agem diminuindo a tensão num primeiro relacionamento, pois muitos são calmantes, outros agem estimulando, trazendo mais ânimo para o contato com o outro. Mas, é importante saber exatamente qual o óleo essencial que será utilizado e com qual finalidade, pois, produtos sintéticos podem não trazer o objetivo esperado e variações químicas devidas a fatores ambientais dos países onde as plantas são cultivadas podem diferenciar em muito o efeito dos óleos essenciais, tornando-os menos potentes em ação.
Muitos óleos essenciais e chás são afrodisíacos em razão de suas propriedades hormonais. Óleos essenciais como a sálvia esclaréia, ilangue-ilangue, rosa e gerânio podem ser úteis neste sentido para as mulheres. A sálvia esclaréia, por possuir em sua composição química alto teor (acima de 3%) de esclareol, pode ser empregada no tratamento de desordens menstruais pois equilibra as taxas de estrógenos da mulher.
Sabe-se que os animais e o homem utilizam-se de substâncias químicas conhecidas como feromônios, que são liberados no suor e são os principais fatores de atração sexual entre si. Os feromônios são elementos-chave no relacionamento e podem, apesar de não serem percebidos conscientemente, determinar a escolha do parceiro. É muito comum, em casais que se casam muito jovens, ainda adolescentes, ou em pessoas de meia idade que estejam na fase da menopausa e andropausa, ocorrerem mudanças hormonais tão intensas que chegam a mudar o cheiro exalado do corpo e isto afeta decisivamente o relacionamento a dois. O efeito dos feromônios sobre as pessoas é tão forte que em experiências feitas com meninas internas em colégios de freiras e que manifestavam desarranjos menstruais, todas tiveram uma redução perceptível destes problemas ao passarem a estudar em colégios onde mantinham contato com meninos, ou seja o feromônio do sexo oposto.
Empresários norte-americanos, tendo como base este conhecimento, têm borrifado sobre lingeries, revistas e outros produtos femininos o feromônio masculino que, inconscientemente, atrai as mulheres e as faz gastarem mais com tais produtos. Certos óleos essenciais possuem compostos que imitam os feromônios, causando efeito semelhante sobre as pessoas. Alguns exemplos são o aipo (principalmentre planta), cominho (todos), ylang ylang I e completo, os jasmins e o benjoim do sião. 

A região do hipotálamo no cérebro recebe um número considerável de neurônios olfativos e libera diversos hormônios que passam para a pituitária, induzindo-a a segregar por exemplo, os hormônios que governam e controlam os ciclos sexuais dos mamíferos. Isto permite se entender o efeito dos feromônios masculinos sobre o sexo oposto. Alguns óleos, como o Jasmim, são considerados estimulantes da pituitária, isso por seus compostos conseguirem atravessar o cérebro chegando até esta glândula. Não somente a pituitária é atingida, mas também o glândula pineal. Chegando lá, muitos destes compostos ao serem metabolizados liberam oxigênio e causam um estímulo destas glândulas, o que faz com que elas produzam mais de alguns de seus hormônios como a serotonina. Muitos deste hormônios, como o exemplo da serotonina, terão efeito sobre a sensação de prazer do indivíduo, o que acaba facilitando o orgasmo. Mas o efeito não é somente num sentido afrodisíaco, na vida diária estes óleos podem ser utilizados também para tratar de distúrbios depressivos, falta de auto-confiança, apatia, etc. 


É possível que alguns óleos que estimulam no inconsciente uma sensação de sensualidade podem ter este efeito associado a estímulos hormonais destas glândulas. Óleos como a canela e o cravo, que sempre foram tidos como afrodisíacos, agem na verdade como estimulantes da circulação e aquecedores. Esta sensação pode favorecer, aumentando o apetite sexual dos parceiros e a excitação, mas ainda não é o fator principal de estímulo, pois sem desejo (atração) a canela ou o cravo de nada adiantam. O princípio ativo na canela que age como estimulante é o aldeído cinâmico 


Certos óleos essenciais que trabalham a autoestima e a vaidade das pessoas, acabam agindo indiretamente como afrodisíacos. No passado, as grandes rainhas, a exemplo de Cleópatra, utilizavam largamente os aromas para manterem sua beleza e sentirem-se mais sensuais. Os óleos possuem propriedades úteis dentro da cosmética contra o acne, pele envelhecida e na diminuição de rugas, o que explica este seu efeito sobre a beleza pessoal. Se nos sentimos internamente satisfeitos com nossa aparência, este estado se refletirá externamente em nossa vida e com toda certeza interferirá sobre nossa parte sexual-afetiva. Óleos como a rosa, ylang ylang (flores na foto ao lado), sândalo e gerânio são bons neste caso.
Assim, podemos ver que os óleos essenciais agem como afrodisíacos de maneira indireta, atuando tanto quimicamente no organismo, quanto em nível psicológico sobre as pessoas. Suas diferentes formas de utilização neste sentido vão desde a inalação, a banhos e a massagem, sendo também úteis na forma de perfumes ou quando empregada a planta, na forma de chá. 


Os seguintes óleos essenciais relacionados abaixo são alguns dos mais indicados como afrodisíacos:

Para a mulher: Rosa, Gerânio, Ylang-ylang, Jasmins, Pau rosa, Cravo da Índia, Casca e Folha de Canela, Néroli, Íris (Orquídea), Folha de Mandarina, Gerânio.

Para o homem: Noz-moscada, Pachouli, Casca e Folha de Canela, Cravo da índia, Jasmins, Vetiver, Cedro, Cominho, Aipo, Mace, Baunilha, Gengibre, Benjoim do Sião, Chocolate (Cacau) e Sândalo, Tabaco.

Alguns exemplos da ação dos óleos sobre a psiquê:
Sândalo - Bom para homens usarem pois transmite à mulher uma sensação de segurança, de capacidade e auto-domínio, características admiradas pelas mulheres num homem;
Ylang Ylang - Bom para mulheres, traz uma sensação de sensualidade, de feminilidade e envolvimento, auxilia na entrega ao parceiro;
Benjoim do Sião - Relaxante e facilitador do relacionamento, quando sob tensão.
Jasmim - Bom para mulheres, sensação de sensualidade, estimula o lado feminino da mulher, é um aroma envolvente;
Aipo, Cominho, Tabaco - Bom para homens, usados como nota de fundo em perfumes, podem ser estimulantes sexuais, mas puros tornam-se desagradáveis e excessivamente fortes, estimulam a masculinidade;
Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes;
Vetiver, Pachouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e segurança.

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