“Estamos adentrando um terreno desconhecido. A ‘Playboy’ tem uma edição com escrita em braile, mas não há imagens”, disse Lisa, citada pelo jornal britânico Telegraph. Os livros são feitos à mão com folhas de material plastificado, moldado com calor. Cada um das folha leva em torno de 40 horas para ser feita, segundo a fotógrafa.
A ideia surgiu quando Lisa se especializou em imagens táteis. “Aprendi a transformar imagens de animais, usadas em livros para crianças cegas”, disse ao Voice Print, um site especializado em fazer áudios de notícias impressas para pessoas impossibilitadas de ler. Antes de fazer o curso, Lisa havia trabalhado como fotógrafa de moda e, em seguida, se dedicado a produzir ensaios de nus.
“Usei fotos que já tinha para criar o ‘Tactile Mind’”, diz. As pranchas do livro, que ela financiou com o próprio dinheiro, foram tema de uma exposição no Canadá no ano passado. “Era incrível ver como as pessoas reagiam às pranchas, onde colocavam os dedos primeiro”, afirma. Para a capa do livro, ela escolheu um molde médico de uma vagina.
Dois anos atrás, outra iniciativa voltada para cegos fez sucesso na internet. O site Porn for the Blind tornou-se cult nos Estados Unidos pelas descrições em áudio, feitas por voluntários, de cenas sexo disponíveis na rede. Em um mês, o site chegou a receber 150 mil visitas, segundo a BBC.
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